rainha do corte-final

22 de jan. de 2011


Kiki rebela-se contra diminutivos. Executa movimento sinistro e delicado,
corta-os na própria carne.Liberta da doçura fatal das abelhas, solta-se
em espiral aérea...

A Rainha do corte


Kiki lê Herberto Helder:

desde
a traça alimentar à costura cirúrgica
da garganta
onde a voz rebenta
num buraco de sangue. Mas cabeças, que olham
pelos lados
novos
de gárgulas jorrando toda força
da luz interna
vivem da energia
da nossa graça ferida
da elegência. A violência envenena-me. (IN: O corpo o luxo a obra,p.93)

rainha do corte 2

21 de jan. de 2011



Com a espada mais sutil, ela separa o mel do melado. Tinha advertido:não diga meu nome em vão.

A Rainha do corte

20 de jan. de 2011



Kiki encosta a lombar da lombar no chão. Lombeira. Agora só lê os poetas que quer.

nanomelim 3

18 de jan. de 2011

Angela Melim limpa os ares - sendo mulher, é contrária à mulher de um turco.
Olho azul gardênia - dona dos versos de Ana C.
– “ abre a boca, Deusa”! agora, meu bem, fecha a boca-
Angela acolhe o outro no retrato – cuida.
Com Angela, nem durmo, nem deito - coisa íntima (não ínfima) e próxima
me dá medo.

nanomelim 2

17 de jan. de 2011

Kiki lê Caminhos do conhecer de Melim. As folhas se desprendem do livro. Uma cola no seu seio direito. Outra cola no púbis. A terceira descola. Voa pela janela. Vai viver verão.

nanomelim 1

16 de jan. de 2011


Kiki cita (excita) sua poeta preferida
amor, granada prestes a explodir:


"_ (me aprova)


quero ser feliz"


(Angela Melim. Fogos Juninos In:Folhetim. Folha de São Paulo,18/11/84)
 
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