Kiki sai por aí

29 de jan. de 2011

Ela cai de quatro
Esfola joelhos e mãos
Curtocircuito
Boca banguela mordendo seu peito
Levanta. Dá as costas
(a um cão mijando para marcar território)

e saí por aí...

http://www.youtube.com/watch?v=ph5Lo6IiWwI&feature=related

Mergulho com Orides Fontela

27 de jan. de 2011


Kiki prova da pureza das águas. Esquecimento branco:


Fonte maior

e não oculta

fonte sem Narciso

nem flores.


In. Fontela. Sede. Poesia reunida. p. 60


mergulho com Neruda

26 de jan. de 2011



Ela encosta o ouvido na pele da onda: "El corazón del água y su escritura./ Terminó la tormenta./ Pero el silencio es otro."

(P.Neruda. Tempestad con silencio. Antologia Poetica.p.336)

mergulho com Mario de Andrade


Ela mergulha como quem vira o rosto. O tempo a contagotas até emergir. Lembra de Mario afundado no insuportável das águas do Tietê: "eu lhes daria o segredo".

mergulhos

25 de jan. de 2011



Kiki mergulha como quem exorciza. Mistura sangue à agua. Leu muito Bandeira na adolescência?

gestos: o mergulho

24 de jan. de 2011


Kiki ensaia novos gestos: o mergulho.

rainha do corte-final

22 de jan. de 2011


Kiki rebela-se contra diminutivos. Executa movimento sinistro e delicado,
corta-os na própria carne.Liberta da doçura fatal das abelhas, solta-se
em espiral aérea...

A Rainha do corte


Kiki lê Herberto Helder:

desde
a traça alimentar à costura cirúrgica
da garganta
onde a voz rebenta
num buraco de sangue. Mas cabeças, que olham
pelos lados
novos
de gárgulas jorrando toda força
da luz interna
vivem da energia
da nossa graça ferida
da elegência. A violência envenena-me. (IN: O corpo o luxo a obra,p.93)

rainha do corte 2

21 de jan. de 2011



Com a espada mais sutil, ela separa o mel do melado. Tinha advertido:não diga meu nome em vão.

A Rainha do corte

20 de jan. de 2011



Kiki encosta a lombar da lombar no chão. Lombeira. Agora só lê os poetas que quer.

nanomelim 3

18 de jan. de 2011

Angela Melim limpa os ares - sendo mulher, é contrária à mulher de um turco.
Olho azul gardênia - dona dos versos de Ana C.
– “ abre a boca, Deusa”! agora, meu bem, fecha a boca-
Angela acolhe o outro no retrato – cuida.
Com Angela, nem durmo, nem deito - coisa íntima (não ínfima) e próxima
me dá medo.

nanomelim 2

17 de jan. de 2011

Kiki lê Caminhos do conhecer de Melim. As folhas se desprendem do livro. Uma cola no seu seio direito. Outra cola no púbis. A terceira descola. Voa pela janela. Vai viver verão.

nanomelim 1

16 de jan. de 2011


Kiki cita (excita) sua poeta preferida
amor, granada prestes a explodir:


"_ (me aprova)


quero ser feliz"


(Angela Melim. Fogos Juninos In:Folhetim. Folha de São Paulo,18/11/84)

viver verão

14 de jan. de 2011




Ela dá dois passos para a zona de desconforto. Desbarranca. Calor umidade vapor. Reflexos trêmulos.

Tui

13 de jan. de 2011





O atributo de Tui é a
alegria,
Árvore sozinha
Em meio à floresta
Lagoa esvazia
Égua no galope
Bate uma pata
De cada vez no chão
Tum
    Tum
Tum
     Tum

WITZ

11 de jan. de 2011


Kiki pensa: só um idiota confundiria o brilho do nácar , o doce do néctar com a necrose do senso comum...




instante absoluto

10 de jan. de 2011


Kiki fareja o limite, instante absoluto: relâmpago, clarão, ostra pelo avesso.



9 de jan. de 2011

Ela beija o caos: belo, sublime, sedutor como um poema.

Rainha das espadas II‏

7 de jan. de 2011

Corta... ceifa... limpa....o terreno para o cultivo de novos corações.

Rainha das espadas

6 de jan. de 2011


Kiki corta as cabeças do Rei de Copas e do Rei de Paus. Elege os Reis Magos e seus presentes.

Há vagas

4 de jan. de 2011

Desde que perdeu a pulseirinha de coração, Kiki sente-se uma identidade vaga. Há vagas...




 
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