5 de fev. de 2011



Kiki acolhe presenças deliciosas. Vislumbra os detalhes mínimos nas paisagens distantes. Exercita o olhar delicado que toca nas coisas sem ferir.

Delicadeza 3




Ela se curva ao sol. Intensidade luminosa. Densidade amarela. Tudo lento e muito rápido, ampulheta enlouquecida, ínfimos graozinhos de areia como poros abertos na pele do mundo entram e saem, fazem o ar circular dentro e fora do seu corpo. Ela res-‘pira’ a evidência.

delicadeza 2

4 de fev. de 2011



Coisas muitíssimo reduzidas permanecem grudadas na sua pele. Ela quer se desfazer delas com movimentos de algas. Submerge nesse mundo pequeno e póstumo. Não há poemas para isso.

Princípio de delicadeza...




Talvez ela use a delicadeza como antídoto. Ela se prepara para o melhor; para o pormenor.

2 de fev. de 2011




Kiki dorme, descansa de si.

Kiki sai por aí

29 de jan. de 2011

Ela cai de quatro
Esfola joelhos e mãos
Curtocircuito
Boca banguela mordendo seu peito
Levanta. Dá as costas
(a um cão mijando para marcar território)

e saí por aí...

http://www.youtube.com/watch?v=ph5Lo6IiWwI&feature=related

Mergulho com Orides Fontela

27 de jan. de 2011


Kiki prova da pureza das águas. Esquecimento branco:


Fonte maior

e não oculta

fonte sem Narciso

nem flores.


In. Fontela. Sede. Poesia reunida. p. 60


 
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