aleatórias 4

21 de mar. de 2011






Sente o ar mais leve e respira fundo. Esquece o nome; como se chamava mesmo? Passa na rua e não reconhece. Esquece de que lado da cama dormia. Nunca mais lembra. Não faz falta. O barulho em volta. A memória um risco. Fotos e cartas no processador, faz um suco e bebe. Beber os mortos com canudinho e gelo picado

tremblorosa

20 de mar. de 2011


Desliga o som. Mantém o silêncio:

nenhuma emoção.
Suspende o pincel. Imóvel a mão: nenhuma cor.
Apaga o que escreveu. Folha em branco: nenhuma confissão.
Interrompe no meio o gesto. Repousada a Língua: nenhum beijo.
Trava o movimento cintura abaixo. imóveis os quadris: nenhuma culpa
Segura o mundo por um minuto. imóvel o mundo: nenhum arrependimento.

ikiru

19 de mar. de 2011


Ainda é possível respirar?

Respirando apressado, com falta de ar, ofegante, engasgando de rir, tudo ao mesmo tempo? onde está o corpo e onde está o chão?

Irrespirável

18 de mar. de 2011


Os bem-te-vis morreram sem ar....

amor de cão

16 de mar. de 2011


"ir até o fim do fôlego, até a constrição da asfixia final do ponto, do ponto da frase, da pontada de lado..." (Novarina. Carta aos atores)

Tudo é presença 3

15 de mar. de 2011



Melhor não chegar perto...

boia

13 de mar. de 2011


Kiki ganha uma boia de presente. Ela flutua.






 
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