
21 de out. de 2011

Mahler respira mal. A Rainha da Fábula sopra palavras de ternura em seu ouvido, mas ele não escuta. Eles se aproximaram perigosamente de lugares impossíveis na Língua, nos olhos, nos ouvidos, na boca, onde o bafo do suicidio cheira à boca de criança. Ele ficará impregnado daquelas palavras, mas agora é tarde, Kiki decidiu morrer. Ela decide acabar com essa mixórdia que é a vida subjetiva, com essa merda toda, com a poesia & dor, prazer & dor. Kiki ficará na lembrança dos dedos que digitaram sua história.
apronta-se...
20 de out. de 2011

Esquece...."Memória,assombração,superstição"
(Mario de Andrade).
Plantou-se no segredo, agora perdeu as raízes.
Fazendo
limpeza de aura, tirou a coroa do passado, aberta a clôture.
Tudo faxina.
suicidio. Ela se apronta II
19 de out. de 2011

Joga num saco plástico de lixo
negro
fantasias furtivas, bobagens de mulheres,
monte de palavras
vazias,
fios rompidos,
amarga
sen-si-bi-li-da-de!
suicidio. Ela se apronta
17 de out. de 2011

está no ponto, se apronta...
Refaz os caminhos no mapa
da lembrança.
O clima úmido enche d´água os pulmões....Relê livros:
"o relógio da poesia
Anda mais depressa
E com mais maestria
Do que aquele da física" (Hilda Hilst)
asperezas do delicado....
16 de out. de 2011

Domingo enquizilhado, Kiki se perde num bosque. Ela prepara devagar um suicidio.
Tantas luas ausentes e veladas fontes! Que asperezas de tanto descobri nas coisas de contexto delicado. Hilda Hilst
trama de um segredo
15 de out. de 2011

A trama de um segredo
Deixava-a presa
num vidro
de Duchamp
cripta erótica
capsula, casulo
motor de sensações
incomparáveis...
Assinar:
Postagens (Atom)